A "Barbie" do LeBron
Muito mais do que uma "boneca": um objeto de desejo e até um investimento
Sim, eu quero muito o boneco do LeBron.
Sou colecionador de action figures. A ideia era ter os grandes nomes do esporte, mas, como todo bom fanático, a coisa se perdeu. Do esporte para a música, para o cinema, enfim, degringolou tudo.
Marquei férias no fim de fevereiro, começo de março. Meu filho “ganhou” do Papai Noel a viagem dos sonhos. Trabalhar na Disney dá muitas vantagens, e seria a primeira vez que o garoto de nove anos iria para os parques. Ainda tinha a surpresa de encontrar com os primos que moram no Canadá e criar uma bagunça completa.
A programação foi feita com antecedência. Tudo quitado antes do embarque. A emoção estava garantida. Por tudo envolvido, seria, também, a viagem dos nossos sonhos. Mas a gente não controla nada, e a vida virou. Com meu irmão no hospital em uma situação longe de confortável, não tinha como. Quatro dias antes do sonho, tudo cancelado, adiado. Explicar isso para o pequeno ainda é uma tarefa árdua, um grande desafio.
Não dava mais para mudar as férias, então, entre muito sono, preguiça, choro e esperança, resolvi abrir a Caixa de Pandora em casa. No fim de fevereiro, resolvi catalogar todos os itens da minha coleção. São 462 “coisas” que tenho no meu pequeno apartamento, agora devidamente etiquetadas, planilhadas e guardadas de forma ordenada.
Agora, não tem espaço para mais nada. Se bem que fui completamente obrigado a adquirir um Maradona. É lindo de emocionar e ainda não consegui guardar. E quero esse LeBron aí.
Confesso que, quando vi a imagem, achei que era uma daquelas trends de IA que estão inundando e enchendo o saco nas redes sociais.
Mas é real. A Mattel, fabricante da Barbie, anunciou o lançamento de uma versão comemorativa do Ken. O homenageado foi LeBron James. E aí a “boneca” vira história novamente.
Falar de Barbie como boneca, como brinquedo de criança, é uma heresia há tempos. Virou Grife, filme, símbolo cultural, marca de uma ou mais eras. Cafona também. Goste ou não, é um símbolo cultural. É pop.
A Mattel não é boba. O LeBron, menos ainda. LeBron James Family Foundation à parte, claro que é um negócio lindo de ser feito. Barbie vende, Ken vende, LeBron VENDE. A partir do dia 14/04, pelo precinho de US$ 75, você poderá ter o seu exemplar, isso nos EUA. No Brasil, se o objeto de desejo chegar, o céu é o limite.
Ano que vem tem aniversário do Ken, 65 anos, e uma série chamada "Kenbassadors" está na agulha. A ideia é reverenciar homens de destaque nas mais distintas áreas.Ou seja, LeBron, é o primeiro homem real a ganhar tal honraria, é o grande chamariz, mas vem muito mais coisa por aí. Apelo não falta.
Claro que, para a minha coleção, seria lindo ter esse LeBron brilhando. Aliás, investir em objetos como esse é uma forma de negócio, tem gente que ganha a vida com isso. O mercado no Brasil chega a ser incipiente, restrito, caro. Esse boneco, no presente, já custa uma fortuna. No futuro, vixe…
Mas um LeBronzinho carisma desse em uma caixa dentro do meu armário seria uma lindeza absurda. Meu bolso provavelmente vai doer.